sábado, 29 de janeiro de 2011

Guatemala

Participação especial: Jorginho Martins
O “País da eterna primavera”, assim é conhecida a Guatemala, este pequeno e belo país que fica na América Central, logo abaixo do México. Um pouco maior que o Estado de Pernambuco, a Guatemala possui cerca de 13 milhões de habitantes e foi, durante a época de colônia espanhola, um dos Vice-Reinos nos quais a ocupação espanhola na América se dividia. O chocolate é uma criação dos Mayas (civilização da qual a  Guatemala foi o berço) e hoje o País é um dos dez maiores produtores de café do mundo – conhecido pela sua excelência.
Sou um suspeito pra falar sobre a Guatemala. Minha avó é guatemalteca e, por isso, já estive três vezes no País. Na última, em abril de 2009, estive com meus avós que comemoravam 50 anos de casados, exatamente na mesma época em que um primo estava casando por lá também. É importante falar que na Guatemala você pode conhecer paisagens de todos os tipos: montanhas, lagos, vulcões, selva fechada, cidades coloniais da época espanhola, ruínas mayas, praias, enfim... o País é como um caleidoscópio multicolorido e sempre surpreende.
Esta minha viagem começou indo direto para La Antigua. Esta cidade tipicamente colonial foi fundada em 1543 e  foi a capital da Guatemala até 1773, quando terremotos a destruíram parcialmente e, então, a sede administrativa do País foi transferida para a atual Ciudad de Guatemala.
Quando eu cheguei em Antigua, era o sábado de Aleluia e ainda consegui pegar uma das famosas procissões. É incrível como existe uma mistura do catolicismo com as religiões mayas. Eles costumam fazer tapetes (alfombras) coloridos por onde a procissão passa encima. Ao lado, podemos ver uma foto da preparação que ocorre nas principais ruas. Antigua é Patrimônio da Unesco, merecidamente. Toda a cidade é preservada e, inclusive, é proibido construir casas novas no estilo moderno. Todas as construções devem seguir o mesmo estilo arquitetônico característico da Cidade.

Para se ter uma idéia do quão rigoroso é este critério, não se podem construir piscinas nas casas – já que antigamente não existia este hábito. E foi numa destas casas novas, mas “antigas”, que eu me hospedei. Como vocês podem ver na foto, a típica casa guatemalteca é cheia de cores, detalhes, artesanatos locais, flores. Esta (à esquerda) é a vista da mesa onde tomávamos o café da manhã, e um espelho d’água com chafariz traz constantemente um barulhinho bom. O desayuno (e a culinária em geral) Guatemalteco, por sinal, mereceria um capítulo à parte; o café de sombra é incrível, os frijoles (espécie de purê de feijão) para se comer com as champurradas (bolacha doce), os huevos revueltos nos fazem ter preguiça de levantar da mesa...

Antigua é cheia de pousadas instaladas em antigos casarões e conventos, com cada quarto decorado de um jeito. Em todas elas há um pátio central com uma fonte de água e sempre há uma música de fundo, geralmente a Marimba – instrumento típico da foto abaixo à esquerda. A Plaza Central de Antigua segue o clássico modelo colonial espanhol, com prédios importantes ao redor, seus arcos, e uma fonte jorrando água contantemente (foto acima à esquerda). É a partir deste ponto que as calles e avenidas formam a cidade perpendicularmente bem ao estilo urbano espanhol.

O mais interessante em Antigua é andar muito, explorando cada igreja, convento, museu, pousada, loja de artesanato e as fachadas das casas. Há inúmeros guias na internet que podem dizer quais lugares são imperdíveis, com roteiros bem elaborados, enfim. Inconscientemente devo ter feito alguns destes roteiros e conhecido a maioria destes lugares inolvidables. Mas também não tenho a pretensão de passar isso por aqui... Ao lado direito, o Arco de Santa Catalina e, ao lado esquerdo, as fachadas coloridas das ruas.


Outra coisa bonita em Antigua: para onde você olhar, sempre vai ver um vulcão, com toda sua imponência. Na primeira foto do lado direito, temos uma paisagem clássica na Guatemala. Esta fonte à direita (imensa) fica na Igreja de La Merced, que começou a ser construída no século XVI e foi sendo destruída por terremotos e reconstruída até tomar a forma definitiva dois séculos depois.  Antigua é muito mais do que isso, mas só indo lá pra ver! E a Guatemala é muito mais do que Antigua. Depois vou escrever um pouco também sobre Tikal, a cidade perdida dos Mayas que fica no meio da selva e guarda pirâmides e templos incríveis! Até a próxima parada!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, PEQUENA


Existem pessoas que passam por essa vida sem saber o valor de uma amizade verdadeira. Felizmente, não sofro desse mal. Sempre enfatizo que amo minhas amigas e que sem elas minha vida seria um tédio. Eliza tem lugar cativo e todo mundo sabe disso. É a irmã escolhida.

Amiga, obrigada por ser quem você é.

Alegre, sorridente, espalhafatosa, feliz, mesmo quando está triste.

Obrigada pelo seu humor que coloca qualquer um para cima.

Pela paciência e dedicação em ser amiga nos momentos difíceis.

Por saber a dor que é perder o pai e encontrar a mellhor maneira de erguer a cabeça e seguir em frente.

Pelos momentos de reflexão, pelas tardes culturais e pelos dias de ócio criativo.

E parabéns por tudo.

Por ter superado com maestria esse ano tão difícil.

Por ser tão competente naquilo que executa.

Pela sua gargalhada infinita.

E, principalmente, por ser uma amiga tão fiel e companheira

FELIZ ANIVERSÁRIO e tenha certeza de que 2011 será de muitos sucessos e coisas boas.

Tem amo demais e te quero sempre aqui, juntinho.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sombra, tranquilidade e água fresca

Por Natália Dornelas
Para quem já enjoou de ir a Porto de Galinhas ou gostaria de quebrar paradigmas (como costumam falar os administradores de empresa), aqui vai uma ótima dica: conheçam o litoral paraibano. A estrada ainda se encontra em reforma, mas está cada vez melhor. É preciso apenas um pouco de cuidado, caso a viagem seja realizada durante a noite.
Jacumã
 Em cerca de uma hora e quinze minutos (a depender da habilidade do motorista), partindo de Recife, é possível chegar às belíssimas praias do litoral sul paraibano. Paradisíacas e tranqüilas, são ótimos locais para quem deseja relaxar um pouco, sem encontrar muitas pessoas conhecidas. Da primeira vez que fui, fiquei hospedada na praia de Jacumã. Passei um feriado com uns amigos por lá e foi bastante divertido. A casa que ficamos se localiza a beira de uma falésia, muito linda. Não tem como lembrar que a vida, às vezes, é difícil e chata. O local tem um ótimo serviço de bares e restaurantes, tudo isso com um cenário enfeitado por um mar em tom esmeralda.

Praia do Amor
 Um pouco antes da praia de Jacumã, está a Praia do Amor, que tem como símbolo o arco da pedra furada. Reza a lenda que os casais de turistas apaixonados devem passar por entre a fenda da pedra de mãos dadas. Nunca fiz isso, porém, do jeito que sou supersticiosa ainda farei, não tenham dúvidas. É uma ótima opção contratar um buggy em Jacumã e ir até a praia de Coqueirinho, pela orla. Sem dúvidas, um cenário que não vemos todos os dias e que substitui, como gosto de dizer, qualquer remédio tarja preta.

Coqueirinho
 A próxima praia após Jacumã é Coqueirinho. No caminho, é possível admirar o mirante Dedo de Deus, no qual se tem uma vista privilegiada da praia. Pode ter certeza de que a água de côco que você tomará lá não deixará a desejar. Seguindo mais um pouco, chega-se à praia Carapibus, na qual também já fiquei hospedada. Posso afirmar que é maravilhosa e com boas opções de hotéis.



Carapibus

Pousada Enseada do Sol
Tinham me indicado uma pousada chamada Aruanã, mas quando chegamos lá estava lotada e acabamos nos hospedamos na Pousada Enseada do Sol. Para quem quer luxo, não irá encontrar nela, mas o quarto é grande e limpo e o clima bastante aconchegante. Vale à pena conferir. Também há várias outras opções de hospedagem, é só pesquisar. Fiquei sabendo ainda que, para quem gosta de aventuras, Carapibus é procurada para a prática do mergulho em ilhas formadas por recifes cobertos de corais.
Tambaba
Por último, chega-se à praia naturista de Tambaba. Da vez que fui, fiquei na parte da praia que é utilizada pelos banhistas normalmente. Ali, o nudismo é proibido. Mais adiante, tem-se a área reservada, com controle de entrada e saída pela Sociedade de Naturismo de Tambaba. Essa parte não tive a coragem e nem a preparação física para conhecer. Tambaba fica apenas a 20 km de João Pessoa, por isso, caso você queira esticar, pode ir almoçar ou jantar na capital paraibana ou, quem sabe, curtir um pouco do bolero de Ravel e da menina do violino na praia do Jacaré, a qual merece outro post.

Carapibus
 Vi uma definição em uma dessas páginas de turismo que traduz bem o que sinto quando vou a este local. Ao contrário de outras praias do Nordeste mais badaladas, no litoral paraibano as pessoas podem desfrutar de um panorama maravilhoso em um clima de total tranqüilidade. São vários quilômetros de areia branca, águas cristalinas, vastos coqueirais e falésias de beleza singular. E é exatamente a "falta" de badalação que confere charme a alguns pontos da orla, que seguem praticamente desertos, agitados apenas pelo balanço da rede de pescadores no fim do dia. De hábitos simples, os paraibanos levam para a atividade turística aquilo que falta, em alguns momentos, a seus pares: o sossego e a tranqüilidade. E você? Ainda vai ficar trancafiado em casa no seu fim de semana?

sábado, 13 de novembro de 2010

Os encantos de Carneiros

Por Natália Dornelas

Vista praia
Todos sabemos que o Brasil encanta pela sua beleza natural e nós, pernambucanos, podemos ratificar isto. Temos praias belas e que fazem com que os turistas pensem em se mudar para o Estado imediatamente. Carneiros, situada a cerca de 5 km de Tamandaré, é uma delas. O guia quatro rodas já a elegeu como uma das 10 melhores praias do Brasil e é um ótimo lugar para quem almeja sombra e água fresca.

Casa de Paulinha
Minha amiga irmã, Paulinha, tem casa lá, então, sempre fomos freqüentadoras assíduas do local. São 5 Km de coqueiros que margeiam toda a sua extensão, a água é transparente e sua paisagem é moldada pelo estuário do Rio Formoso e por um paredão de arrecifes. Um cartão postal bastante atraente. Sem dúvidas, uma caminhada pelas areias de Carneiros substitui qualquer remédio tarja preta. J

Jobar

Igrejinha
Têm alguns bares muito legais à beira mar e que pedem uma cerveja, ou, para aqueles que não curtem, uma água de coco bem gelada. Podemos aqui citar dois: o Bora Bora, ponto bastante turístico, e o Jobar que, em minha opinião, é bem melhor e mais tranqüilo. Também tem o restaurante Beijupirá, que dispensa comentários. Merece citação ainda a bela igrejinha localizada na orla e que ainda é palco de pequenos eventos. Segundo a Maguinha, é a igreja que ela vai casar e certamente estarei lá como madrinha. J

Existem vários passeios de barco que podem ser feitos. No passeio de catamarã, na parada do Cruzeiro, é possível subir ao alto da falésia, de onde surge uma paisagem deslumbrante da orla e do encontro dos rios Ariquindá, Formoso e Mariaçu, junto ao mar. Uma imagem que, literalmente, não tem preço.

 
Bar dentro da água
Banho de argila
Da última vez que fomos a Carneiros, a Maguinha e sua amiga chilena, Paulinha, que adorou o local, fizeram um passeio de barco que gostaram bastante. É um em que você toma um banho de argila e pode desfrutar de momentos agradáveis em um bar que se localiza dentro da água. Elas adoraram e indicam para todos. Então, se você está estressado, cansado e precisando entender o real sentido da vida, não titubeie: vá para Carneiros.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pela comida e pelo turismo

Por Eliza Brito
Fotos: Google

Há algumas semanas, talvez meses, venho tentando ler Comer, Rezar e Amar, bestseller com mais de quatro milhões de cópias vendidas no mundo inteiro. O livro, escrito por Elisabeth Gilbert, narra a procura dela por ela mesma, em uma viagem pela Itália, índia e Bali. Nesse feriado, assisti a adaptação da obra para o cinema.
O livro eu ainda não acabei. Estou achando prolixo e cansativo, mas a receita comercial é evidente.  A linguagem é super simples e a narrativa tem todos os ingredientes para prender o leitor. Não é por acaso que tanta gente leu e amou a publicação.
Cena do filme - Nápoles
O filme me pareceu piegas e cansativo. Adoro Julia Roberts e adorei ver as belas imagens de Roma, Nápoles e de Bali. Também dá vontade de caminhar pelas ruas da Índia real e andar (como turista) no trânsito mais do que caótico de lá. Mas foi a parte da Itália que mais me chamou a atenção, simplesmente por causa da comida.
Quem assiste ao filme já começa a película salivando. Eu, que acabei de começar a reeducação alimentar dos Vigilantes do Peso, quase desisto de tentar! Dá vontade de viajar pra Itália e se meter em uma das ruazinhas de Roma com as maravilhosas cantinas e comer um espaguete ao molho de tomate, um belo doce mil folhas, umas taças de vinho, uma pizza de mussarela em Nápoles, e muitas milhões de calorias tão belas e apetitosas como as mostradas no filme. Eu fiquei babando.
Cena do filme - Índia
Então se for para se deliciar com as imagens, sugiro! Se for para planejar um passeio por um dos três países, também. No mais, acho que cada um tem direito à opinião e a minha não é das mais favoráveis. Não mesmo!     

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

No caminho do Vale

Por Eliza Brito
Imagens: Ana Brito e Natália Dornelas

Comemoração da Bastilha

Catedral

O Vale do Loire, na França, é uma região conhecida pelos castelos e pelo vinho. A cidade de Chartres, por sua vez, é caminho dos que saem de Paris para se aventurar pela região do Loire. No meio caso, é a cidade onde mora a amiga de minha mãe, que conheço desde tão pequena a ponto de chamar de tia Loli. Mas mesmo sem uma tia Loli por lá, vale a pena uma passadinha na charmosa urbe.
 
Parque do Museu de Belas Artes
O principal ponto turístico de Chartres é a catedral. Obra-prima da arquitetura gótica, a construção é considerada uma das mais belas catedrais do mundo. E os vitrais são mesmo de hipnotizar! Outro dado interessante é o fato de a obra poder ser vista de longe, então não tem como errar a entrada da cidade: viu a catedral, está no caminho certo! Como visitei Chartres no 14 de julho, dia da Bastilha, pude assistir a um belo espetáculo de fogos, perto da catedral, o que foi uma experiência realmente inesquecível.  
 
Maison do Salmão
 Mas um dia de passeio pelo lugar não precisa se resumir à igreja. A cidade é um charme! No centro antigo destaque de para os museu de belas artes, que conta com uma bela vista, e o museu dos vitrais. Além do Maison do salmão. Mas bonito mesmo é dar uma passadinha nos arredores da cidade, onde se localiza a Maison Picassiette. A casa e o jardim de mosaico foram obra de um homem, entre os anos de 1938 e 1964, que construiu tudo a partir do lixo. É uma coisa impressionante, o problema é que não permitem fotos e tiramos uma escondida. Dá pena não poder registrar tanta beleza vista por ali.
Le Parvis

Maison Picassiette
Para comer a cidade tem muitas opções. Confesso que fiquei tentada a entrar em toda creperia que via nas ruelas, mas como fomos comer tarde, terminamos parando no restaurante de um hotel. Quanta sorte! A pousada estava no circuito do charme e o restaurante era uma fofura, chamado Le Parvis.

No final, não conheci a região do Vale do Loire, mas adorei meu passeio por Chartres, que me pareceu charmosa, simpática e tranqüila. Além de ter se revelado bem mais do que a bela catedral.    

domingo, 24 de outubro de 2010

Sampa querida

Por: Natália Dornelas

Avenida Paulista
Vista do MASP
Existem lugares que lembram pessoas e São Paulo me lembra meu pai. Ele sempre viajou muito à cidade e todas às vezes afirmava: “paulista é o matuto antenado” e eu ria do tom engraçado de falar as coisas que era peculiar só dele. Agora, toda vez que vou à cidade, meu coração fica apertado pela lembrança dessa pessoa essencial em minha vida. Lembranças especiais à parte, São Paulo é uma cidade maravilhosa, mas que você tem que saber vivenciá-la, caso contrário, é só estresse. Muito trânsito, muita gente, nada de praia, a capital é o centro econômico do Brasil e, para quem almeja ganhar muito dinheiro, não há lugar melhor. Quando vou a São Paulo, tenho que passear pela Avenida Paulista. Acho o que há de melhor. É bastante imponente e me sinto em Nova Iorque, mesmo sem nunca ter ido (eita que pernambucana matuta!! :). Tem de tudo: restaurantes, lojas, livrarias, museus. É um ponto turístico que não cansa a minha beleza.

Entretanto, o que mais me encanta na cidade é o acervo cultural a dispor do público. A quantidade de museus e exposições (muitas são gratuitas) deixa o turista em uma dúvida cruel. Eu, particularmente, sou apaixonada pelo Museu da Língua Portuguesa (fica na Estação da Luz, para chegar de metrô é bem fácil – linha azul, e o nome da estação é Luz). Fui quatro vezes ao local e nunca enjôo. Tem uma exposição permanente, com a história da língua portuguesa (tudo bem interativo, o que agrada bastante as crianças). Tem um vídeo, com trechos de grandes nomes da literatura brasileira e a exposição temporária, que sempre é algo muito interessante. Eu vi uma que eram os principais erros gramaticais dos brasileiros e morri de rir, ao ver os muitos erros que também cometia. A Pinacoteca (que é ao lado do Museu da Língua Portuguesa) e o MASP também são muito conhecidos, mas é para aqueles que gostam mais da arte, digamos assim, conservadora (quadros, esculturas). O MASP sempre tem exposições temporárias legais.

Bienal - Os mestres e as
criaturas novas
Bienal - Longe daqui,
aqui mesmo
Entretanto, o que você não pode perder, se for a São Paulo até o dia 12 de dezembro, é a 29ª bienal, a qual possui entrada gratuita. Radicada no parque Ibirapuera (ótimo local para passeio, é a “praia” dos paulistas), agrada a “gregos e troianos”, com diversos tipos de arte. Vídeos, quadros, esculturas, intervenções, a Bienal é bastante interativa e requer mais de um dia de visita, tendo em vista a sua riqueza e amplitude. As minhas obras preferidas (das que consegui ver, pois só fui um dia) foram: Longe daqui, aqui mesmo, de Marilá Dardot & Fábio Moraes; Os mestres e as criaturas novas, de Yonamine (uma intervenção, feita com jornais); e a polêmica obra de Gil Vicente, com seus autorretratos matando diversas personalidades da política brasileira. Tem muito mais para ver, porém é preciso ir com calma e tempo.
Gil Vicente
São Paulo também é tradicional por seus musicais e peças de teatro. São várias opções, para todos os gostos e idades e em todos os dias da semana. Basta você procurar a programação (no aeroporto eles dão!) e se deliciar. O último que vi, não achei tão legal. Foi o musical Cat’s, no Teatro Abril. De fato, é um espetáculo, mas desencanta pela falta de enredo. Eu quase dormi!! Mas têm várias outras opções, é só ver o que lhe agrada mais.

Memorial
Uma ótima opção para conhecer São Paulo é através do Turismetrô, uma parceria entre a São Paulo Turismo e o Metrô. Com guias bastante competentes, você pode fazer tours pela cidade, pagando apenas pelos bilhetes de metrô. Tem vários circuitos (Sé, Paulista, Teatro Municipal, Luz e Memorial da América Latina). Eu fiz o do Memorial da América Latina, muito bom! Para saber mais informações sobre como fazer esse turismo, é só acessar: http://www.metro.sp.gov.br/cultura/ turismetro/turismetro.asp. Vale à pena e poucas pessoas conhecem.
Famiglia Mancini

Mercadão
A cidade também é o maior pólo gastronômico do Brasil, impossível manter o regime. Tem padaria 24 horas (Galeria dos pães), hamburguerias que servem você em 10 minutos (Milk & Mellow), restaurante para todos os paladares e sabores. Eu adoro comer no Mercado Municipal (o famoso Mercadão, que fica próximo a 25 de março), no qual não se pode deixar de provar os clássicos sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau, sem dúvidas, de dar água na boca. A última vez que fui a Sampa tive oportunidade de conhecer um de seus restaurantes mais tradicionais, a Famiglia Mancini. É uma cantina italiana típica e as massas, junto com a inesquecível mesa de frios, deixam qualquer um maravilhado.

A cidade também é um ótimo lugar para compras. Eu sou “sacoleira”, não tenho vergonha de admitir. Adoro ir à Rua 25 de março (Estação de metrô São Bento) e comprar de tudo: brincos e anéis de prata, bolsas, lingerie, colares, relógios, etc. Já comprei até máquina fotográfica (até hoje funciona perfeitamente) e pendrive (nunca comprem!! Vieram com problemas, me senti totalmente lesada!! Kkkkk!! Vejam quanto direito!! :). Também adoro a José Paulino (estação de metrô Luz) para comprar roupas, bolsas e cintos, e o Brás (estação de metrô Brás), para comprar roupas. E para quem gosta de coisas de “melhor qualidade”, São Paulo também é o lugar. Tem a Espaço Fashion (você fica louca com os vestidos de lá) e a shoestock (loja de sapatos e bolsas para todos os gostos) e mais opções que ainda desconheço.

São Paulo tem ainda, os melhores bares, baladas (já fui para algumas muito legais) e shows (teve banda internacional no Brasil, tem que passar por Sampa). O “agito” de São Paulo faz qualquer cidade brasileira parecer um marasmo. Tudo que você quer, pode encontrar em Sampa. Quer dizer, quase tudo, pois a cidade deixa a desejar em tranqüilidade, talvez pela falta de uma boa praia para tomar uma cerveja bem gelada. É preciso saber o que se quer ao viajar. Não se pode ir a São Paulo achando que vai ver muita beleza natural e pontos turísticos. Se você quer isso, é melhor ir ao Rio de Janeiro. Sampa é cultura, é comer bem, é ir às melhores festas e ver o quanto o Brasil pode ser cosmopolita. E se quiserem evitar engarrafamento, não se esqueçam: andem de metrô!

sábado, 16 de outubro de 2010

Start with you

 Por: Natália Dornelas

Morumbi  - Bon Jovi

Bon Jovi
Só sabe o valor de uma amizade verdadeira aquele que o tem. Começo esse texto com essa frase que pode muito bem definir esse meu ano de 2010. Quando se passa por uma grande dificuldade, faz-se uma filtragem das pessoas que verdadeiramente são importantes e que merecem o seu esforço.

SWU
Eu tenho muito orgulho de minhas amizades e, sem dúvidas, em vários momentos foram elas que mantiveram o meu sorriso, mesmo que amarelado. E nada mais contundente do que curtir não apenas os momentos pedregosos, mas também as boas farras que a vida nos proporciona. E esse mês realmente não deixou a desejar. O show de Bon Jovi foi uma real lembrança da nossa adolescência, com aquele homem lindo tocando living on a prayer e always e também novos sucessos como superman tonight. Acabamos ficando na arquibancada laranja (a mais barata de todas!!!), mas foi jóia, exceto pela necessidade de um binóculo. 

SWU
Entretanto, o ponto alto do feriado ficou para o SWU, sem dúvidas, um momento histórico para aqueles que foram. Fomos no dia de Dave Matthews Band, Joss Stone e Kings of Leon. A organização do evento, a meu ver, foi muito boa. Tudo ecologicamente sustentável. O lixo reciclável, a roda gigante movida a “pedaladas de bicicleta” e muito mais. Nada de dificuldades para comprar bebidas, muito bom! O problema foi o engarrafamento na hora da saída (três horas quase), algo que precisa ser repensado de alguma forma, caso haja outras edições. Dave Matthews Band tem um show perfeito! Cada componente é uma banda sozinho, eles realmente “se garantem”. Joss Stone é linda e tem uma voz mais bonita ainda e Kings of Leon é bonzinho, mas como disse um jornalista, o público só queria mesmo ouvir “use somebody”.
SWU
SWU
Mas quem marcou mesmo esse festival foi a banda Rage Against The Machine. Polêmica como sempre, levantou a bandeira do MST, cantou o hino do comunismo e disse que a pista premium era um verdadeiro “apartheid social”, o que fez com que muitas pessoas pulassem da pista comum para a premium, causando muita confusão. Acho que assim é muito fácil ser comunista, andando de primeira classe e ganhando milhões em venda de discos e com shows, mas tudo bem. Polêmicas à parte, a verdade é que estar com as amigas não tem preço. Com o tempo você entende que não há nada mais permanente do que uma amizade verdadeira. Eita que hoje estou melancólica, acho que é a vontade de gritar para o mundo o quanto amo minhas amigas e como é bom estar com elas. :)